domingo, novembro 27, 2005

* suspiro *



* No jardim, aguardando a plantação:
- alguns novos bolbos de frésias, ranúnculos e anémonas

*Na horta, aguardando plano e sementeira:
- favas, ervilhas, alfaces, nabiças, nabos e rabanetes

* Na estante, aguardando a leitura:
-"L'Herbier du monde : Cinq siècles d'aventures et de passions botaniques au Muséum d'histoire naturelle" (a minha auto-prenda de Natal)
- "Art of the garden" (o catálogo de uma belíssima exposição na Tate)

terça-feira, novembro 22, 2005

ciber-agricultura

Animação na blogosfera! Mais duas novas moradas de ciber-agricultores:

- Hortelã verde - as experiências da aspirante a permacultora e agricultora biológica Irina Maia

- Agricultura - um blogue a seis mãos descoberto pelo sempre atento JRF

Espero conseguir voltar brevemente às lides bloguistas. Ufa Ufa, até já.

quarta-feira, novembro 16, 2005

musgo no coração

"Gente com musgo no coração" foi a definição de portuense mais bonita que eu ouvi até hoje.
Helen Nodding ensina como escrevê-la num graffitti muito especial.

segunda-feira, novembro 14, 2005

sábado: um dia com árvores



Pelo exercício da cidadania, pelo direito à participação na decisão sobre o espaço público, pelas árvores e pelas flores na Praça, de manhã.
À tarde, visita ao jardim dos SMAS onde fontes antigas da cidade repousam numa mata de belas e variadas árvores.
Manuela, Maria e Paulo, parabéns pelas iniciativas e obrigada por tratarem as árvores assim.

sexta-feira, novembro 11, 2005

o dia da papoila


Photo © Andrew Dunn

À 11ª hora do 11º dia do 11º mês de 1918, a paz voltou à frente ocidental. O Armistício assinalava o fim da I Grande Guerra. No Reino Unido, comemorou-se hoje o Remembrance Day e lembraram-se os mortos caídos nas duas Grandes Guerras. Cada britânico coloca na lapela uma papoila artificial comprada aos veteranos da Royal British Legion.
Tudo começou com o poema In Flanders Fields escrito pelo major canadiano John McCrae, no qual evocava os campos de batalha da frente ocidental. Os abalos causados pelas bombas no solo desses campos da Flandres haviam "despertado" as sementes de papoila que permaneciam adormecidas na terra há anos. Por sujestão da poetisa americana Moira Michael, usa-se esta flor em memória dos homens que tombaram nesses campos de sangue.

quinta-feira, novembro 10, 2005

concentração na avenida dos aliados e praça da liberdade

sábado, 12 de novembro, às 11h00
organização: Aliados
"A Câmara e a Metro do Porto preparam-se para transformar a Avenida dos Aliados e a Praça da Liberdade, de alto a baixo, num deserto cinzento, sem cor e sem alma. Como já sucedeu no alto da avenida, serão abatidas árvores, e desaparecerão os canteiros e os desenhos da calçada para darem lugar ao granito inóspito. À revelia da lei e do respeito que é devido aos cidadãos, os portuenses não foram tidos nem achados nesta transformação. A cidade é de todos, não da Câmara e muito menos da Metro. Ninguém tem o direito de destruir a memória da cidade contra a vontade dos cidadãos. Neste momento decisivo da história da cidade, o Porto precisa de si. Manifeste-se connosco. Juntos na Praça da Liberdade, pela Praça da Liberdade".

casas para pássaros - inspirações

Aqui e também aqui.

segunda-feira, novembro 07, 2005

artesanato ambiental



Descobri estas casas para pássaros na loja de produtos biológicos do Mercado de Matosinhos. São construídas em madeiras reutilizadas e pintadas com óleos naturais. Hummm o ninho Clérigos parece ser o mais adequado aos passarinhos de um jardim portuense *:)

domingo, novembro 06, 2005

unidades scoville



A escala Scoville foi criada em 1912 pelo farmacêutico Wilbur Scoville, para medir o grau de picante das capsicum sp. (família das pimentas). A unidade mede a capsaicin, o produto químico que a pimenta contem e que provoca a sensação de ardor. Hoje, utiliza-se um método mais científico do que o original (que era um teste comparativo). No entanto, manteve-se a denominação "Scoville" em homenagem a Wilbur Scoville.
A pimenta mais picante que existe é a Habanero, classificada em mais de 350,000 unidades Scoville.

malaguetas contra pulgões


Mais uma receita de repelente natural para pulgões: triturar um punhado de malaguetas secas com dois dentes de alho (o alho actua como fungicida enquanto que o cheiro da malagueta repele). Misturar num litro de água e deixar de molho de um dia para o outro. Filtrar e diluir em 5 litros de água. Testar numa folha antes de pulverizar nas plantas (se a concentração for alta de mais, pode queimar as plantas. Por isso, deve-se testar primeiro e diluir mais se necessário). Não se deve aplicar este preparado em dias de muito sol. O contacto com a pele e com os olhos deve ser evitado.

sexta-feira, novembro 04, 2005

o vegetal como vocábulo da arquitectura III



Conhecia o trabalho de design colorido de Gaetano Pesce, mas não sabia que no seu curriculum constavam também obras de arquitectura. Neste apanhado de obras nas quais a natureza cruza com a arquitectura, inclui-se THE ORGANIC BUILDING (1990-1993), um edifício no coração da baixa de Osaka (Japão). Gaetano Pesce partilha a autoria desta torre com outro arquitecto, Olafur Thordarson.
O prédio foi concebido para ser um espaço comercial e um símbolo do crescimento económico e vitalidade da segunda maior cidade japonesa. Para materializar este conceito, os arquitectos inspiraram-se na metáfora do jardim. Dado o preço elevado do m2 nesta cidade de elevada densidade, o jardim foi concebido como um elemento vertical da fachada.
Inspirando-se na planta mais característica do jardim japonês (o bambú), a dupla de arquitectos desenvolveu um jardim vertical fortemente marcado por uma superfície ondulante que contrasta em termos cromáticos com o cinzento dos outros edifícios do bairro. Nos diversos nichos que o constituem foram colocados 80 tipos diferentes de plantas e árvores autóctones, escolhidas em parceria com horticultores de Osaka. Um sistema de rega automático e complexo hidrata continuamente as plantas.
Em 1994, o edifício foi declarado um jardim público municipal, o que obriga à sua manutenção perpétua.

onde entregar pesticidas e afins

Obrigada, C.Rosas pelo comentário que, pela importância, passo a transcrever:

"Julgo que ainda não existe mesmo um sítio para a entrega destes produtos. Mas, em breve, será possível entregá-las em algumas cooperativas agrícolas, através do sistema de recolha destas embalagens que está a ser implementado, como informação aqui."

quarta-feira, novembro 02, 2005

um jardim livre de químicos


A acção de sensibilização da classe política para a questão da contaminação química, organizada hoje pela Quercus, recorda-nos mais uma vez que vivemos expostos a elevados níveis de toxicidade. A solução do problema, num plano individual, pode começar por aqui: libertar o jardim dos produtos químicos e optar por uma jardinagem biológica.
- Usar as mãos cada vez mais - no combate às lesmas e caracóis e na guerra contra os pulgões.
- Manter o jardim limpo, varrendo as folhas mortas e acabando com as pilhas de vasos vazios num canto do jardim. Estes simples gestos previnem o aparecimento de doenças e, consequentemente, a necessidade de pesticidas. Diminuem também a fonte de alimentação e abrigo de lesmas e caracóis.
- Instalar um comedouro para pássaros, que assim terão uma razão para visitar o jardim mais vezes. E, na volta, contribuirão para o controle de bicharada nociva.
- Usar tratamentos biológicos para madeira, pondo de parte os vernizes, tintas e solventes feitos à base de petróleo, vinyl ou outros componentes tóxicos. Em vez disso, procurar produtos feitos à base de óleos, água, cera e pigmentos naturais.
- Plantar sebes e flores que possam atrair insectos auxiliares ao controle de pestes (alecrim, rosmaninho, alfazema, calêndulas, por exemplo).
- Utilizar produtos biológicos no combate às pestes; ou pelo menos, produtos químicos aceites pela jardinagem biológica, como a calda bordalesa.
- Usar a enxada para retirar as ervas daninhas. Nos casos mais rebeldes, cobrir o solo com manta geotérmica para travar o seu crescimento.
- Aderir à compostagem - mais palavras para quê? *: )
- Optar por um prado em vez de relvado, porque necessita de menor manutenção, atrai vida selvagem e ... é lindooooooo.
- Livrar-se de todos os produtos químicos que tenha vindo a utilizar (pesticidas, herbicidas, iscos para caracóis, etc). Até à data, ainda não descobri quem me dissesse onde se devem entregar estes produtos. Sei que não é nas farmácias ... Se alguém descobrir, deixe p.f. o comentário.

terça-feira, novembro 01, 2005

allium sativum


Enquanto o plano da nova horta não fica pronto, aproveitei uma aberta neste tempo de chuva para plantar alhos. Trouxe alhos de semente* do Alípio com tal "perfume" que a urgência na plantação se impôs.
Dividi os bolbos (dentes) das cabeças de alhos e plantei-os em solo enriquecido com composto, com o lado plano para baixo, à distância de um palmo entre cada bolbo.
Os alhos ficam mesmo assim, com a parte por onde sairá o rebento de fora. Por isso, devem ser protegidos dos pássaros com uma rede.
* os melhores bolbos da colheita anterior são guardados para semente. São preferíveis aos alhos que se compram no mercado para consumo culinário pois estes, muitas vezes, são tratados para não "grelarem".